À espera de pacote fiscal nos EUA, Bolsas da Ásia fecham em alta; Europa tem queda generalizada
As Bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, 21, à medida que investidores se mantiveram esperançosos de que o governo dos Estados Unidos e a oposição democrata consigam fechar um acordo sobre um novo pacote fiscal para lidar com os efeitos econômicos do coronavírus.
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Na terça-feira, 20, o governo americano e os democratas deram sinais de que estão mais próximos de um acerto para lançar um novo pacote trilionário de estímulos fiscais, em reação aos impactos da pandemia de covid-19. A presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, retomam negociações nas próximas horas.
O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,31% em Tóquio, a 23.639,46 pontos, enquanto o Hang Seng avançou 0,75% em Hong Kong, a 24.754,42 pontos, o sul-coreano Kospi se valorizou 0,53% em Seul, a 2.370,86 pontos, e o Taiex registrou leve ganho de 0,12%, a 12.877,25 pontos.
Exceção na Ásia, os mercados chineses ficaram no vermelho, pressionados por ações de energia renovável e de tecnologia. O Xangai Composto teve baixa marginal de 0,09%, a 3.325,02 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,10%, a 2.254,23 pontos.
Na Oceania, a Bolsa australiana seguiu o tom predominante da região asiática, e o S&P/ASX 200 avançou 0,12% em Sydney, a 6.191,80 pontos.
As Bolsas da Europa têm o terceiro pregão consecutivo de perdas, com os investidores desencorajados a embarcar em um sentimento de otimismo em torno de um novo pacote fiscal nos Estados Unidos, fora a preocupação com a covid-19. A aversão a risco ofusca bons ventos da safra de resultados do terceiro trimestre, com destaque para a gigante de alimentos Nestlé e a Ericson, de telecomunicações, mas, por outro lado, tem reforço dos setores de saúde e construção, que têm uma manhã de baixa.
A queda generalizada nos mercados do Velho Continente contrasta com o desempenho das Bolsas da Ásia e do Pacífico, que fecharam majoritariamente em alta. Às 7h07 horas, no horário de Brasília, o índice Stoxx 600, que representa 90% das ações europeias, tinha declínio de 0,76%, a 362,74 pontos.
Um acordo para um novo socorro à economia norte-americana parece estar mais próximo – embora isso não anime os mercados nos dois lados do Canal da Mancha. Depois de progressos nas negociações, a presidente da Câmara dos Representantes nos EUA, Nancy Pelosi, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, terão novas conversas nesta quarta.
A preocupação com o alcance da covid-19 na Europa também mina o bom humor dos investidores. A Espanha anunciou um bloqueio de duas semanas, a partir de quinta-feira, 22, no norte do país, enquanto a Itália avalia medidas mais duras. O lockdown de seis semanas na Irlanda começa nesta quarta, primeiro membro da UE a adotar um novo bloqueio nacional.
Também às 7h07 (de Brasília), o índice FTSE-100, de Londres, tinha baixa de 1,15% e, em Frankfurt, o DAX caía 0,78%. O CAC-40, de Paris, apontava recuo de 0,94%, enquanto o FTSE-MIB, de Milão, declinava 0,98% e o IBEX-35, de Madri, registrava perdas de 0,96%. Em Lisboa, o PSI-20 tinha desvalorização de 0,23%.
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na madrugada desta quarta-feira, revertendo a maior parte dos ganhos da sessão anterior, após o American Petroleum Institute (API) estimar no fim da tarde de ontem que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA teve aumento de 584 mil barris na última semana. Nas próximas horas, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) divulga a pesquisa oficial sobre estoques americanos, que incluem números de produção. Investidores também vão acompanhar hoje negociações entre o governo dos EUA e a oposição democrata por um acordo sobre um novo pacote fiscal para lidar com os efeitos da pandemia de covid-19. Às 4h29 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para dezembro caía 0,96% na Nymex, a US$ 41,30, enquanto o do Brent para o mesmo mês recuava 1,04% na ICE, a US$ 42,71.
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