Mais uma opositora 'desaparece' em Belarus, denuncia conselho
Mais uma opositora ao governo do presidente Aleksandr Lukashenko “desapareceu” nesta terça-feira (08) em Belarus, denunciou o Conselho de Coordenação da Oposição e a assessoria da ex-candidata presidencial Svetlana Tikhanovskaya. Trata-se de Antonina Konovalova, segundo informaram os opositores à agência russa Interfax. O caso surge no mesmo dia em que o governo de Belarus confirmou que prendeu outra líder, Maria Kolesnikova, na fronteira do país com a Ucrânia. Segundo Minsk, a política e dois outros opositores – Ivan Kravtsov e Anton Rodnenkov – passaram “pelo posto de fronteira em Alexandrovka às 4h”. De acordo com a emissora estatal “Belarus-1”, Kolesnikova foi presa “porque tentou fugir ilegalmente” acelerando o carro onde estava “contra um guarda nacional”. No entanto, as autoridades informaram que, no momento da detenção, ela estaria fora do carro, sendo que os outros dois opositores continuaram viagem – o que contradiz a própria versão de que a representante estava dirigindo. Uma fonte consultada pela agência russa Interfax, que é próxima aos serviço secreto local, afirmou que nenhum dos três opositores “tinha a intenção de ir para o exterior”, sendo que “todos eram categoricamente contrários” a deixar Belarus. “Eles acabaram parando na fronteira após a detenção deles. Provavelmente, foram levados até lá pelo centro de detenção e, como aconteceu com Olga Kovalkova, foram obrigados a deixar o país”, revelou a fonte ressaltando que é muito provável que o serviço secreto “encenou” a tentativa de Kolesnikova de atravessar a fronteira. Com as constantes denúncias de prisão de opositores, diversos países – especialmente a Alemanha – vem pressionando o governo de Lukashenko. Porém, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, saiu em defesa de Minsk e disse que seu país “não reconhece que há prisioneiros políticos em Belarus”. Os russos, e em menor grau os chineses, são os únicos a defenderem Lukashenko. Chamado de “último ditador da Europa”, o presidente está no poder desde 1994 e venceu as eleições do dia 9 de agosto com mais de 80% dos votos. Mas, a oposição acusa que houve fraude no pleito de agosto, e a União Europeia também acusa o governo do mesmo crime. Por conta do imbróglio, há quase um mês, o país vem registrando protestos diários pedindo a convocação de eleições justas. Lukashenko até afirmou que poderia fazer uma antecipação dos votos desde que uma reforma constitucional seja aprovada pelo Congresso. .
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